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Alcest, memórias, sensações e a saudade do que a gente não viveu ainda



Por João Pedro Peralta

Eu não quero que isso se transforme em um texto motivacional, com aquele papinho batido de gratidão ou sei lá o que. E, não, isso não é uma resenha. É apenas um texto, uma reflexão. Diante disso, eu vou fazer as coisas do meu jeito.

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“Saudade do que a gente não viveu ainda”. A frase que virou meme há uns anos, define bem a minha relação com um uma vertente específica: o blackgaze, Post-Black Metal ou seja lá como preferir chamar.

Lembro que, na primeira vez que ouvi Alcest, através do “Souvenirs d’un autre monde”, tive dificuldade para mensurar o que aquilo me causava. Eu, ainda embriagado por uma visão juvenil, que buscava grandiosidade, peso e excessos, não compreendia o que aquela sonoridade causava em mim. Mesmo sem entender o que aquelas palavras, cânticos e sussurros significavam, eu sabia exatamente o que deveria internalizar. Os sonhos de Neige, também tornavam-se meus.